História
A Gestos é uma organização não governamental fundada em 1993 pelo sociólogo Acioli Neto, a jornalista Alessandra Nilo, a socióloga Márcia Andrade e a assistente social Silvia Dantas.
O primeiro projeto desenvolvido foi apoiado pela MISEREOR e tinha como foco o atendimento psicológico das pessoas vivendo com HIV/AIDS, além da formação de agentes multiplicadores de informação nas comunidades da Região Metropolitana do Recife.
Desde então, contribuímos de forma eficaz para a garantia dos Direitos Humanos das pessoas que vivem com HIV e a AIDS. Cerca de 70% das pessoas que demandaram apoio jurídico da instituição tiveram seus direitos reparados, através de liminares e de sentenças, que hoje, inclusive, fazem parte do rol de jurisprudências referente à temática Direito e AIDS.
Ao longo de sua história, a instituição tem considerado a comunicação como fundamental para o enfrentamento da AIDS e tem lutado para ampliar essa compreensão em Pernambuco, no Brasil e na América Latina. Esta visão consolidou a Gestos como a grande referência em Comunicação e AIDS no país, com especial destaque junto às discussões sobre Políticas Públicas de Comunicação em Saúde.
Também ajudamos na formação de novas organizações da sociedade civil, como a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (RNPVHA – 1995), o Grupo de Trabalho Positivo – GTP+ (2000), o Grupo de Ações Positivas (2003), o Grupo de Apoio a Pessoas Soropositivas (GASP) 2003, Atos de Cidadania (2006).
De 2007 a 2011 a Gestos criou e coordenou nacional e internacionalmente o Fórum UNGASS-AIDS em Saúde Sexual e Reprodutiva, em que monitorou a implementação de acordos firmados na ONU em dezesseis países em desenvolvimento. O Fórum UNGASS-AIDS se consolidou como um espaço de discussão política das questões relacionadas ao HIV e AIDS e saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
Os esforços de incidência da Gestos chegam efetivamente aos órgãos multilaterais dedicados ao monitoramento de HIV, gênero, direitos sexuais e políticas públicas de desenvolvimento e, desde 2001, a organização acompanha as resoluções das Nações Unidas sobre estas agendas.
A partir de 2012, a ONG participou das negociações da Agenda pós-2015, que resultou nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, no que diz respeito à Aids, orientou o Brasil a pedir a inclusão da menção às pessoas vivendo com HIV na Resolução 70/1/2015 da ONU. A instituição possui status ONU ECOSOC e atua em redes locais, regionais e internacionais, representando ainda a sociedade civil local em cinco Conselhos de direitos no Estado Pernambuco, incluindo os de saúde Estadual e Municipal do Recife.
Sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável, a Gestos atua como membro e co-facilitadora do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 desde 2014, organizando o Relatório Luz da Sociedade Civil, o único documento que monitora o cumprimento do desenvolvimento sustentável com dados oficiais. Desde então, tem se dedicado à difusão, promoção e monitoramento da agenda, buscando inter-relacionar as pautas de população e desenvolvimento a fim de influenciar politicamente o governo brasileiro e o sistema das Nações Unidas para sua implementação
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