Quem considera que a teologia nasceu no deserto usando como referência a jornada de libertação narrada no Êxodo, também defende que a religiosidade vem de uma experiência concreta de opressão e sofrimento.
Talvez para tentar entender melhor a extemporaneidade religiosa de todos os povos e seus respectivos desdobramentos ao longo dos anos, a teologia não deveria continuar a ser vista como uma área de estudo puramente especulativa, sem contato com a realidade social, que é inclusive o que defende alguns estudiosos da mesma.
Daí o porque de alguns estudiosos pesquisadores e teólogos acreditarem que há riscos no nacionalismo cristão, por ser um movimento de extrema direita que, em sua avaliação, usa uma gramática religiosa para subjugar a sociedade a um cristianismo conservador que aborda as perspectivas de organização política nesse contexto, reduzindo uma ampla história de acontecimentos sociais e espirituais não fáceis de ser entendidos a uma visão micro, onde a maioria dos que se propõem a ensinar os mais novos, mal conhecem o básico da geografia e da história, tanto quanto das leis e das setenças em vigor nas diferentes épocas da história, resumindo todo esse vasto campo de conhecimento a uma religiosidade passada de pai para filho, ou seja, copiada e não de fato estudada e tampouco examinaďa conforme ordena as próprias escrituras.
Enfim, quem pesquisa pouco ou quase nada e quer falar muito ou quase tudo geralmente radicaliza o suposto saber fundamentado apenas no achismo do próprio ego.
Nacionalismo e religião é a relação do nacionalismo com uma crença religiosa particular, dogma ou afiliação. Essa relação pode ser dividida em dois aspectos: a politização da religião e a influência da religião na política.
A politização da religião leva as pessoas fracas de conhecimento a uma espécie de tortura psicológica, do tipo que pode pensar assim: 'se eu não seguir o candidato da minha denominação religiosa serei considerado rebelde ou dirão que estou em pecado.
Defendemos a ideia do conhecimento que amplia o entedimento versus a limitação fruto de um fanatismo ritualístico, ignorante e interesseiro.
Já a influência da religião na política desperta inúmeros interesses que desfocam os fieis da principal pregação de Cristo que sempre foi: AMOR, PERDÃO E COMPAIXÃO sem acepção de pessoas.
Religiosos que entram para a política geralmente adotam como base um discurso moralista –não apenas contra os maus políticos, mas sim contra os candidatos não acolhidos pela igreja.
Razão pela qual se apresentam como restauradores da ordem, contrários à corrupção e aos pecadilhos humanos. E, a partir do próprio exemplo, querem impor seus dogmas em todos os campos, como os intocáveis salvadores diante de um apocalipse moral prestes a exterminar toda carne.
Por fim, como defendo em relação a harmonia e a independência dos três poderes, defendo que a religião e a política convivam também em harmonia, entretanto, com ideais e objetivos diferentes.
Geraldo Silva
Radialista/GSilva
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