O diretor de regulação da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, Esdras Avelino, disse em entrevista à TV Cidade Verde nesta sexta-feira (23) que pelo menos 111 mil pacientes na fila de espera de atendimento para marcação de consultas e exame foram atingidos com a mudança do sistema de regulação para os hospitais do Estado. De acordo com o diretor, não havia necessidade do Estado mudar o sistema de regulação de saúde porque a forma como a FMS fazia a regulação funcionava "muito bem".
Esse sistema funciona muito bem pelo Gestor Saúde. Nós aprimoramos muito bem pelo nosso aplicativo, para celular que o próprio usuário pode acompanhar a situação na fila, era uma demanda antiga do MP, nós atendemos agora no primeiro semestre, o usuário pode fazer uso disso. Todo mês nossos prestadores fornecem a agenda e nós usamos a demanda que temos por serviço e cruzamos, agendamos e informamos para o prestador de serviço", explicou.
Em entrevista nesta quinta (22) também para o Jornal do Piauí o secretário de Saúde Antônio Luiz disse que Teresina estaria limitando o acesso de pacientes às consultas em hospitais da rede estadual. Para o gestor da regulação no município, o sistema que existia já tinha mais de 111 mil pessoas na fila até o final do ano.
Não tinha nada que justificasse o que está sendo feito. Já tínhamos agenda para agosto, setembro e outubro para 37 mil pessoas. Além delas, tinha mais 74 mil para serem agendadas para datas futuras", citou.
O diretor explicou, ainda, que Teresina é considerada um município com "gestão plena", ou seja, é subordinada apenas à legislação federal em virtude da retenção de recursos federais e tem a autonomia para gerenciar a saúde para os munícipes tanto para os hospitais federais, estaduais e particulares, além dos municipais. Ele citou que o Estado apenas oficiou o município em 21 de junho sobre o interesse de mudar o sistema regulatório e que não foi formada uma comissão técnica para avaliar a situação e dar um parecer.
A parte que está sob sua responsabilidade, no caso do Piauí, os 196 municípios que não são gestores plenos, para esses municípios ele pode editar uma lei, normatizar e determinar como deve trabalhar dentro desses 196 municípios. Já nos demais, os pleitos Nós recebemos recursos federais e a normatização federal", pontuou.
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