O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu, nesta quinta-feira (10), que a aprovação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro seja a “condição número um” para que o presidente americano Donald Trump retire as tarifas de 50% impostas ao Brasil.
Em entrevista à CNN Brasil, o parlamentar afirmou que as taxas têm motivação política, e não comercial, chegando a chamá-las de “taxa Alexandre de Moraes”.
O senador argumentou que o Brasil não está em condições de negociar em pé de igualdade com os Estados Unidos e comparou a situação a um “contrato de adesão”.
“O que eu tenho dito é que essa negociação que vai se iniciar, que tem que se iniciar agora, está muito mais próxima de um contrato de adesão. Sabe quando você vai comprar um aparelho celular, uma linha telefônica, e tem que assinar um contrato com a operadora onde não pode discutir nenhuma cláusula? Ou você assina daquele jeito, ou não assina”, explicou.
Flávio Bolsonaro foi enfático ao atribuir as tarifas americanas às ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Então, essa taxa tem que ter o primeiro nome, que é a taxa Alexandre de Moraes, sim. Doa quem doer, a bola agora, neste momento, está com o Supremo”, afirmou o senador.
Segundo ele, Trump pode aumentar as tarifas sem limitações. “Trump não terá dificuldade de aumentar a taxa de 50% para 100%, 200%, 400%, quando quiser”, alertou, acrescentando que “é uma guerra e temos que ter clareza de que Trump não tem limites para esse tipo de negociação”.

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