Em vídeo publicado no canal "Descendo o Sarrafo" na última terça-feira (22), o pastor baiano, Sergio Emílio Meira, da Assembleia de Deus Alphaville, fez duras críticas ao dono da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, acusando-o de propagar inverdades e de estar em "conluio com o que existe de pior na política nacional brasileira".
O vídeo de Meira é uma resposta a um vídeo publicado por Malafaia, no qual ele afirma que o povo brasileiro tem que escolher entre a “taxação de Trump ou anistia ampla, geral, irrestrita". Malafaia segue falando sobre ter sido "caluniado, difamado, tripudiado", durante a última eleição para prefeito de São Paulo, quando fez críticas a Pablo Marçal, e menciona que suas "convicções não estão baseadas na opinião da maioria das redes sociais ou da imprensa".
Ante as falas em tom alarmista e passivo-agressivo, o pastor Sergio Emílio Meira ressalta que Malafaia "se tornou, de forma emblemática, um símbolo da ostracização da igreja evangélica na sociedade brasileira" e que representa "o que existe de pior, de nefasto, de inidôneo, de reprovável, de abjeto" no cenário religioso atual.
Uma das acusações mais graves feitas pelo pastor Sérgio Emílio Meira é que Malafaia estaria "em conluio com as forças da direita, e extrema direita na tentativa de sabotar a democracia brasileira". Segundo ele, isso teria ocorrido entre 2019 e 2022, "com organização, com levante, com movimentação social, movimentação de lideranças evangélicas". Essa fala é corroborada por outro vídeo que circula nas redes sociais, um trecho do documentário "Apocalipse nos Trópicos", de Petra Costa, em que Silas Malafaia assume a influência e a chantagem que exerce sobre senadores, usando o voto dos evangélicos como arma.
"Vendilhão da fé"
O pastor Sergio Emílio Meira também questiona as motivações de Malafaia, afirmando que "não existe princípio cristão nenhum sendo defendido por Silas". De acordo com Meira, "Silas Malafaia defende os seus interesses particulares, próprios, interesses financeiros, interesses empresariais".
Em um dos trechos mais contundentes do vídeo, Meira declara: "Há muito tempo ele deixou de ser um pastor, um servo de Deus, para se tornar apenas um vendilhão da fé e mais um dos grandes propagadores da mentira religiosa e política no cenário atual".
O pastor da Assembleia de Deus Alphaville também critica a capacidade teológica de Malafaia, mencionando sua suposta "incapacidade de interpretar de forma exegética, hermenêutica, corretamente, biblicamente, as verdades da palavra de Deus". Meira lamenta que "muitos líderes evangélicos ainda seguem Silas Malafaia" e sugere que isso ocorre porque "estas pessoas se identificam com o mau caratismo dele".
Posicionamento político e taxação de Trump
No final do vídeo, Meira critica o posicionamento de Malafaia em relação à recente proposta de taxação comercial anunciada por Donald Trump, que afetaria o Brasil. Segundo o pastor, "Silas Malafaia está sempre do lado errado da história, agora apoiando a taxação de Trump contra o Brasil e tentando convencer o povo de que essa taxação é culpa do presidente Lula". Meira rebate essa narrativa afirmando: "Não, pelo contrário, é culpa da direita, da extrema direita e de gente como você, Silas Malafaia".
O vídeo termina com o pastor pedindo que Deus "abençoe o Brasil, continue abençoando o governo do presidente Lula e salvando a igreja evangélica de falsos profetas como esse".
Pastor baiano, Sergio Emílio Meira, da Assembleia de Deus Alphaville e o dono da igreja Assembleia de Deus Vit
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