Primeiro turno
PSDB e PSB empatam no número de prefeitos eleitos em Pernambuco
O PSDB e o PSB elegeram o maior número de prefeitos dentre os 184 municípios de Pernambuco, com 31 gestores cada.
O PSB é o partido de João Campos, reeleito em primeiro turno em Recife. O ex-deputado federal conseguiu o apoio de 78,11% dos votos válidos na capital. Já o PSDB é o partido da atual governadora do estado, Raquel Lyra.
Segundo Turno
As disputas do 2º turno em Olinda e Paulista — as únicas de Pernambuco com eleição neste domingo (27) — se transformaram em prévia da eleição de 2026. O prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), foram protagonistas nos palanques das duas cidades.
Olinda (PE): Mirella, do PSD, foi matematicamente eleita prefeita da cidade no segundo turno das Eleições 2024, realizado neste domingo (27). Às 19h06, com 100,00% das urnas apuradas, a vencedora tinha 51,38% dos votos válidos, enquanto Vinicius Castello contava com 48,62%.
Assim como no primeiro turno, a apuração dos votos começou após às 17h, pelo horário de Brasília. O horário de votação e início da contagem dos votos foi unificado em todo país pelo TSE, inclusive nos municípios com fuso horário diferente.
As eleições municipais de 2024 foram palco de uma disputa estratégica entre dois dos maiores nomes da política pernambucana: o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora Raquel Lyra (PSDB). Ambas obtiveram vitórias importantes nas prefeituras da Região Metropolitana e consolidaram forças em bases que serão cruciais para os próximos debates políticos no estado, especialmente com vistas à próxima eleição para o governo de Pernambuco.
João Campos teve sucesso expressivo em cidades-chave. No Cabo de Santo Agostinho, um dos municípios mais importantes da região, apoiou e conseguiu eleger o ex-prefeito Lula Cabral, que retorna ao comando da cidade com grande popularidade e influência local. Em Ipojuca, outro polo estratégico pelo potencial econômico impulsionado pelo Porto de Suape, o apoio de João foi decisivo para a vitória de Carlos Santana, que assume uma prefeitura com respaldo forte do PSB e do grupo de Campos. Essas vitórias reforçam a presença de João Campos na Região Metropolitana e aumentam seu alcance em áreas de grande peso eleitoral e econômico.
Por outro lado, a governadora Raquel Lyra também conquistou vitórias importantes, solidificando seu poder em Olinda e Paulista, cidades emblemáticas para qualquer liderança que almeje crescer politicamente em Pernambuco. Em Olinda, Raquel foi decisiva para a eleição de Mirella Almeida no segundo turno, após uma disputa acirrada contra Vinicius Castello (PT). Em Paulista, outro município relevante e com expressivo eleitorado, Raquel viu Ramos se consagrar nas urnas, consolidando a presença do PSDB e ampliando sua base de apoio. Essas conquistas reforçam a governadora como uma liderança forte e competitiva, que pudesse articular sua base e encontrar aliados para contrabalançar a influência do PSB.
O cenário que se desenha para as próximas eleições ao governo de Pernambuco aponta para uma disputa direta entre João Campos e Raquel Lyra, ambos agora mais robustos em suas bases. João, que carrega o legado político do PSB e da família Campos, vem investindo em uma plataforma de modernização e desenvolvimento urbano, focando em pautas sociais e no fortalecimento de serviços públicos, estratégias que têm garantido apoio nos maiores centros urbanos do estado. Raquel, por sua vez, tem trazido uma pauta de renovação e eficiência administrativa, destacando-se por um discurso de gestão técnica e por investimentos em infraestrutura e segurança, o que agrada uma parcela significativa do eleitorado pernambucano.
As vitórias recentes nas prefeituras não apenas ampliaram as bases de ambos, mas também delinearam um cenário competitivo para o futuro. Com Pernambuco dividido entre as forças de João e Raquel, as próximas eleições deverão acirrar essa disputa, que já apresenta reivindicações de uma nova polarização. A partir de agora, tanto João quanto Raquel terão o desafio de manter as bases conquistadas e de expandir suas alianças, cada um defendendo sua visão para o desenvolvimento de Pernambuco.
Essa próxima batalha promete não apenas uma disputa eleitoral, mas uma verdadeira disputa de projetos e visões para o estado, definindo quem terá a última palavra sobre o futuro pernambucano.
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