Reconhecer uma traição é olhar para gente mesmo no espelho e não se reconhecer como uma pessoa leal. É não entender o porque daquele caminho que decidimos seguí-lo em um determinado momento da vida e se questionar o porque daquela atitude, porque a gente fez aquilo.
Traição como quebra de princípios tem mais a ver com a gente mesmo do que com o outro.
Ou seja, quem trai não é vingador é traidor tanto quanto quem o traiu, até porque nenhum tipo de traição deve ser compreendido como correção, mas sim com uma nova falta de caráter que foi veementemente condenada porém de igual modo praticada.
Daí afirmo que só podemos corrigir a nós mesmos e se quisermos, digo, se sentirmos a vontade real e consciente de sermos uma nova criatura, uma nova pessoa e começar a mudar de fato e de verdade de livre e espontânea vontade pois ninguém muda ninguém a não ser a si mesmo.
Esse dilema entre o eu e a consciência, onde ora o eu deseja e ora a consciência cobra, só pode ser encarado visando uma correção por quem já entendeu que o futuro será exatamente o reflexo de uma decisão ou de outra. Por essa razão é que a canção diz que nada muda se você não mudar, entretanto, uma coisa é certa, a gente pode até escolher não mudar para fazer o correto, mas o futuro como consequência de uma atitude ou de outra inevitavelmente nos espera.
Enfim, mudar é uma questão pessoal e instransferível.
Geraldo Silva
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