Nada cresceu tanto, além da pobreza, no governo Bolsonaro quanto o coeficiente de cafajestes em todos os poderes da República, na esteira de um cafajeste-mor, que contamina tudo.
Paráfrase de Camões, o rei porco faz porca toda gente…
Os áudios desqualificados do ex-presidente da Caixa, as bíblias com autorretrato de Milton Ribeiro, até a pancadaria entre os tristemente famosos Boca Aberta e Mamãe Falei. porém, são fichinha perto do que está fazendo o Congresso Nacional, com a “blindagem” das emendas de relator – o “Orçamento Secreto” – e com esta vergonha de uma emenda constitucional que cria um “estado de emergência” para distribuir vales e auxílios de encomenda, para durarem até as eleições.
Como a pobreza, e a carência e a crise econômica continuarão para depois delas, é evidente que haverá pressão – e até justa – para que elas sejam prorrogadas e até eternizadas.
É, portanto, como manietar o novo Governo e, por extensão, a própria vontade popular expressa nas urnas.
E num Congresso em final de mandato, com a legitimidade desgastada e capenga, mas que se move apenas como corporação em defesa de seus interesses.
Nele, a minoria que sobra está intimidade, temendo ser apontada como “inimiga do povo” apenas porque se opõe a algo que não é apenas inócuo em matéria de política de justiça social . como imoral e ilegal.É quase impossível a um deputado ou senador adote a postura kamikase de opor-se vigorosamente e sustentar o absurdo que se está fazendo e, solitário, arrique-se a uma sentença de morte de seu mandato.
A destruição dos partidos, iniciada por Eduardo Cunha e concluída pela Lava Jato, destruíram a capacidade do Estado brasileiro de reagir a este tipo de absurdo.
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