Pular para o conteúdo principal

Apoiado por 87 movimentos populares, Lula diz que quem vai mudar o país é o povo

 

Imprensa Lula

Em uma grande plenária na tarde de hoje, 27, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o apoio de 87 entidades que representam movimentos populares de todo o Brasil. Após a entrega de um documento com as principais propostas, ele afirmou que, caso volte a governar o país, conta com as cobranças e reivindicações que eles seguirão fazendo, mesmo após a adesão recorde ao movimento Vamos Juntos Pelo Brasil.

“Eu queria dizer aos movimentos sociais: muito obrigado por realizarem esse encontro. Eu conheço uma boa parcela de vocês, são as pessoas que quando a gente governa não viram governistas, continuam com o mesmo compromisso com o movimento social. Sei que vocês já fizeram manifestações contra o Alckmin, quando ele era governador de São Paulo e contra mim quando eu era presidente da República. E eu nunca pedi para vocês deixarem de fazer manifestação. Porque o compromisso de vocês não é com o presidente que vocês elegem, mas com o movimento que vocês participam, com as reivindicações que vocês defendem. Se não fossem vocês, certamente a gente não faria tudo que a gente faz”, afirmou Lula.

Segundo o ex-presidente, a participação dos movimentos será essencial, não apenas para movimentar as bases durante a campanha eleitoral que começará em agosto, mas também para que um eventual governo mantenha as pautas deles sempre em mente.

“O que eu quero de vocês é um compromisso. Se a gente voltar, vou precisar do apoio de vocês para governar. Mas o compromisso de vocês também é com as pessoas que vocês representam. Sem vocês reivindicarem, sem vocês escreverem o que querem, sem vocês cobrarem, a gente não faz o que precisa ser feito. Eu nasci no movimento sindical e sei que a gente não pode abdicar da nossa luta. Então vocês não se incomodem de ser duros cobrando da gente”, disse.

Lula falou que sabe da dura missão que terá caso volte a governar o país, para promover um processo de reconstrução. “Ouvindo o discurso de vocês, estava imaginando o que está me esperando, se voltar a governar esse país. Esse povo está com sede, está desde 2016 querendo beber um pouco de democracia, de participação, de respeito, de dignidade, e não deram a eles”, ressaltou.

União de entidades, sindicatos e partidos

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, relembrou a importância dos diversos movimentos populares que construíram o ato em outros momentos, como no enfrentamento ao golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e na vigília em apoio a Lula em Curitiba.

“É emocionante ver todos vocês aqui, quantos companheiros e companheiras que aqui estão. Quantos de vocês encontrei na vigília, nas ruas. Hoje estamos aqui, firmes e estamos fortes, estamos do lado da luta do povo, a esperança de ter o povo feliz de volta. É uma satisfação estar aqui hoje com vocês. Vamos ter nessa caminhada pela primeira vez a unidade do movimento popular, com 87 entidades, assim como temos a união do movimento sindical. Assim como temos a unidade de praticamente todo o campo progressista”, comemorou ela.

O presidente do Psol, Juliano Medeiros, um dos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, também parabenizou os movimentos e entidades por sua luta. “Estou vendo companheiros e companheiras que conheço e admiro. Vamos estar com a militância que constrói o movimento social. Queria agradecer, aqui estão os movimentos que tentaram viabilizar o impeachment desse governo genocida”, recordou.

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou da força dessa união entre diversos componentes dos movimentos sociais. “É um momento histórico, com as principais lideranças dos maiores movimentos populares. É assim que se faz um programa, não é fazendo motociata nem subindo em lancha, mas gente do povo. Aqui se constrói o programa de um governo popular, onde todos podem participar. Chega de sofrimento, de exclusão, de ódio, de violência, de morte, de desemprego, entre os jovens são 30% de desempregados. na saúde o negacionismo. uma regressão na educação”, declarou.

Comemoração e reivindicações

Os representantes dos diversos movimentos populares discursaram na abertura do evento. A primeira a falar foi Nalu Faria, da Marcha Mundial de Mulheres. Ela saudou as diversas entidades e falou da importância da união de todos em torno de um projeto comum para melhorar o Brasil.

“Hoje é um dia histórico para nós, dos movimentos. Estamos na luta há muitas décadas e sabemos que os problemas que queremos resolver, da nossa gente, do nosso dia a dia, são problemas sistêmicos e por isso temos que enfrentar esse modelo. Aqui temos movimentos representando pessoas de todo o Brasil. Entendemos que estamos diante de uma oportunidade única na história deste país”, declarou.

O coordenador-geral da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, falou sobre o trabalho e a importância do documento com propostas entregue a Lula. “Nos últimos 3 meses, fizemos reuniões com 87 entidades e redes de movimentos populares que subscrevem esse documento, que chama “Superar crise e recuperar nosso país”. Ele é muito importante porque nasce e é sustentado pelo segmento que mais tem ligação com a população, que são os movimentos populares. Nunca antes tantos movimentos se uniram em torno de um único projeto”, ressaltou.

Sidnei Pita, representante da coordenação da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), lamentou o fim do Minha Casa Minha Vida. “É muito engraçado o pessoal perguntando como é o governo hoje e como foi o governo do PT na questão da moradia. Nenhum trabalhador consegue esquecer o que de fato foi o programa Minha Casa Minha Vida, foi muito importante, inclusive na criação da autogestão dos projetos”, relatou.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, falou sobre a importância que a juventude brasileira terá para o futuro e os ataques à educação. “Vivemos uma crise das mais profundas, que alerta a necessidade de rediscutir o Brasil, o genocídio do povo negro, os ataques à educação, às escolas, a falta de emprego para a juventude. Menosprezam a juventude brasileira, a mesma que tirou 2 milhões de títulos para as eleições. Queremos um plano social justo, que inclua a educação e garanta mais direitos pro nosso povo”, disse ela.

Em uma rápida declaração, o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou a necessidade de voltar a criar postos de trabalho no Brasil. “Tem uma coisa que une todos e todas neste evento, é o fato do Brasil não ter empregos. Para ter moradia, para ter acesso à cidadania, é necessário ter empregos e o Brasil não tem, esse governo excluiu o trabalhador da possibilidade de ter emprego”, protestou.

Representando os povos indígenas, quilombolas e povos originários, Sônia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do  Brasil (APIB) disse que o destaque da luta dos movimentos é um “reconhecimento pelos enfrentamento que temos feito contra o genocídio indígena no Brasil, contra a desigualdade, a destruição de nossas florestas, de nossos territórios. Lutamos todos os dias contra o garimpo ilegal. Queremos estar juntos na reconstrução deste país, que tenha a nossa cara”.

Bruna Benevides, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), representou as organizações do movimento LGBTQIA+ e se disse muito feliz em participar do ato. “Nos organizamos para criar uma política que inclua nossos corpos, nossas cores, nossos sonhos, nossa vontade de viver. Somos quase 10 milhões. Nós existimos, não somos uma população invisível, somos invisibilizadas.. Não queremos só ser chamadas para a festa, queremos ser chamadas para dançar e escolher a música”, decretou.

Em seguida, a coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), Simone Nascimento, pediu um minuto de silêncio para homenagear Genivaldo de Jesus Santos, morto há dois dias dentro de uma viatura da PRF em Sergipe, e as vítimas da chacina durante uma operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio, na terça-feira.

“Estamos aqui para denunciar esse projeto de genocídio. No mês da abolição inconclusa, é preciso falar que temos sofrido racismo há mais de 520 anos. Não é por acaso que a mesma bala que matou Marielle foi encontrada na chacina de Barueri. Vai ser necessário rever a política de drogas no Brasil, o encarceramento em massa. Nossas lutas estarão nas ruas”, garantiu ela.

A representante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Jô Cavalcanti, também falou da importância da união de tantos movimentos para as eleições. “Hoje é um dia histórico, porque esses movimentos sociais acreditam que a esperança pode chegar. A gente acredita que a esperança pode voltar ao Brasil. Pessoas estão sem direitos em todo o país nesse governo”, criticou.

Em nome do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Keli Mafort priorizou a defesa da agricultura familiar e da reforma agrária, como forma não apenas de combater as desigualdades no campo, mas também para reduzir o problema da fome no país. “Somos produtores de comida de verdade, não de commodity, só voltada para o lucro, a especulação e a exportação. Queremos que o governo seja capaz de implementar essas propostas. Regular o agronegócio, enfrentar a fome, o latifúndio, precisa ter reforma agrária”, pediu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Funcionário de uma espresa de internet em Afrânio cai de uma determinada altura após sofrer uma descarga elétrica

Um funcionário da interage provedor de internet passou por um susto grande nesta segunda feira 28 de outubro no bairro Zé Ramos em Afrânio PE. Rodrigo estava iniciando o procedimento de instalação de internet em uma residência no bairro José Ramos na cidade de Afrânio, como costumeiramente sempre fez, no entanto o que ele não esperava era sofrer uma descarga elétrica enquanto ainda subia sem colocar o cinto por uma escada para iniciar o procedimento padrão.  Segundo informações de populares o funcionário da Interage quando recebeu o choque ficou um pouco preso a corrente elétrica e em seguida ao ser arremessado caiu de pé na calçada de uma residência tomando um baita de um susto. Em seguida Rodrigo foi conduzido para o hospital da cidade em uma ambulância do município para ser submetido a análise médica com o objetivo de identificar possíveis danos causados tanto pela descarga elétrica quanto pela queda, já que por ter caìdo em pé de uma determinada altura poderia ter fraturado um dos

Motocicleta é encontrada em estado de abandono ao lado da BR 407 nas imediações do sítio Cangalho Afrânio

  Na manhã de quarta feira 12 de junho, uma motocicleta foi encontrada após ter sido abandonada ao lado da BR 407 próximo ao sítio Cangalho Afrânio PE.  Populares acionaram a polícia que foi até o local verificar a veracidade da informação. A motocicleta que aparentemente foi abondonada era uma honda CG 125/ks, cor preta, ano 2011, da cidade de Remanso na Bahia e tinha restrição de roubo, segundo a polícia. Nesta quarta 12 de junho pela manhã em um programa de rádio de grande audiência em Afranio e região um cidadão participou pedindo a polícia que efetuasse rondas ostensivas em uma estrada próxima ao povoado de Barra das Melancias pois a incindência de casos estava deixando os moradores da localidade apavorados com essa onda de assaltos a motos.  

Matéria para maiores de 18 anos: fazer sexo em via pública é crime

Casal é flagrado fazendo sexo oral em praça pública de Afrânio PE. F azer sexo em via pública é crime no Brasil, pois configura o crime de ato obsceno.  Ato obsceno é uma manifestação de cunho sexual praticada em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade.  A pena para este crime pode ser de 3 meses a um ano de prisão.   Seria o fim da  vergonha geral?   Vídeo com casal  praticando  sexo  oral em plena praça  pública  no  centro  da cidade de Afrânio no sertão  sanfranciscano  gerou  revolta  na sociedade ordeira  e muitos  comentários  entres os  que gostam  de uma boa resenha.  Agora o que a turma  mais quer, é descobrir  quem eram os  meninos animados  que se  deliciavam  com bastante  goludice  em pleno banco  da  praça próximo a  igreja de São  João Batista  desrespeitando até  mesmo  o santo  padroeiro da  cidade.