Estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Professor Mardônio de Andrade Lima Coelho, na Bomba do Hemetério, na Zona Norte do Recife, passaram mal nesta quinta (19). Com sintomas como crise de choro e falta de ar, 23 alunos foram atendidos por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
É o segundo caso no mesmo dia de alunos que precisaram de atendimento médico por causa de crise de ansiedade. Também nesta quinta, estudantes de uma escola estadual no bairro da Torre, na Zona Oeste, foram socorridos após uma perseguição policial e prisão no pátio da unidade de ensino.
Em 8 de abril, 26 alunos de uma escola estadual em Casa Amarela, também na Zona Norte da cidade, sofreram crise de ansiedade coletiva. O caso foi o primeiro registrado e acendeu um alerta para cuidados com saúde mental.
De acordo com a Secretaria de Educação e Esportes, a direção da Escola Mardônio de Andrade Lima acionou o Samu e o Corpo de Bombeiros após estudantes apresentarem crises de choro e ansiedade.
O Corpo de Bombeiros informou, por nota, que enviou cinco viaturas e quatro motos de resgate para atender os estudantes na unidade de ensino.
A corporação disse que, ao chegar ao local, encontrou 12 adolescentes e um adulto com sintomas de ansiedade, “chorando, deitados no chão, apresentando tremor, tontura e bem agitadas”.
Os bombeiros informaram que prestaram o atendimento pré-hospitalar e verificaram que as vítimas estavam com sinais vitais estáveis. Todos foram liberados após atendimento.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, uma ambulância do Samu também foi enviada ao local e atendeu dez adolescentes com sintomas de ansiedade. Um dos estudantes precisou ser encaminhado para uma unidade de saúde, mas o quadro não foi considerado grave.
Reação em cadeia
Um aluno que preferiu não ser identificado disse que tudo começou quando um estudante passou mal e desmaiou. Após o jovem ser socorrido, a irmã dele, que é da mesma turma, começou a se desesperar e teve uma crise de ansiedade, o que gerou uma reação em cadeia.
Uma dona de 43 anos que mora perto da escola passou pelo local na hora e filmou a movimentação do lado de fora da escola.
“Fiquei assustada porque eu nunca tinha visto isso. E eu estudei e passei a infância todinha lá. Soube que começou com uma menina e automaticamente outras começaram a passar mal vomitar, desmaiar”, disse.
A Secretaria de Educação e Esportes afirmou que as escolas realizam um trabalho voltado à educação socioemocional, incluindo a orientação dos jovens e dos responsáveis sobre o tema.
Fonte:G1 PE
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