Prefeito de Afrânio: Gasta ou não gasta, demite ou admite, faz mais festas ou corta até o próprio salário?
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Imagem: cidades em foco |
Dizem que, até para se contar "estórias" precisa-se de planejamento estratégico e muito cuidado, pois até mesmo para uma narrativa falsa a coerência dos detalhes é fundamental para se evitar contradições, do contrário, a versão 03 pode desmascarar a 02, que por sua vez pode atropelar a 01, virando um baralho de gato enigmático ou no mínimo complicado de se entender.
Pois bem, neste ano de 2025, segundo informações da CNM, os municípios receberam pela primeira vez o repasse extra de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao mês de setembro. Ou seja na quarta-feira, 10 de setembro, o montante de R$ 7.831.797.024,39 foi creditado nos cofres municipais com 1% a mais de grana extra. Em julho, teve, também segundo a CNM um adicional extra de 1%, fruto do movimento municipalista, conquista que foi encabeçada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), há 10 anos para compensar a perda de receitas no referido mês.
Sabemos que dificuldades existem para qualquer ordenador de despesas, mesmo com os adicionais extras acima citados, mas nada que uma boa gestão fiscal não consiga lidar de maneira positiva com as contas municipais. Entretanto, o questionamento de um afraniense na matéria de redução do salário do prefeito, uma semana após ele mesmo ter pedido a Câmara para aprovar a criação de vários novos cargos com salários altos foi justamente a incoerência das versões contadas por sua gestão em um curto espaço de tempo.
Primeiro foram demitidos vários servidores que haviam sido aprovados no teste seletivo realizado no final do mês de março.
Segundo após as referidas demissões justificadas com a situação financeira desafiadora da folha de pagamentos, foi enviado para Câmara Municipal no início deste mês de outubro um projeto de lei para ser apreciado e aprovado pelos vereadores, objetivando a criação de vários cargos com propostas de salários de 2 até 8 mil reais. E terceiro, neste início da segunda semana de outubro o mesmo Prefeito anuncia a redução do próprio salário como meta de contingência das despesas, o que levou um internauta a questionar o seguinte.
Isso sem falar de vários eventos realizados nos povoados e distritos do município com custos não muito baixos, bem como a festa do início de agosto com cachês milionários, a exemplo do cantor baiano Léo Santana. Enfim, gasta ou não gasta; tem ou não tem dinheiro? Demite ou admite novos funcionários? Faz mais festas ou foca nas consequências da seca?
De modo que, assim sendo, eu diria que não sei em matéria de outras coisas, mas no que refere a coerência fiscal visando gerar a transparência dos gastos, o negócio tá meio embaçado.
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