A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) presa na manhã desta quinta-feira (3) em uma operação da Polícia Federal que investiga crimes eleitorais com possível envolvimento com facção criminosa, concedeu entrevista na última terça-feira (1º) ao Jornal do Piauí.
A parlamentar comentava a decisão do seu partido de retirá-la da direção municipal, onde ocupava o cargo de secretária-geral, sem ter possibilidade de se defender.
Na entrevista, Tatiana Medeiros disse que não respondia a nenhum processo criminal e que se considerava como "perseguida".
“Sou operadora do Direito e vou respeitar, como sempre respeitei, as leis e vou esperar o Judiciário ou até mesmo uma conversa e diálogo próximo com o partido para que essa situação seja resolvida da melhor forma possível e tudo isso que nós estamos passando venha ter um final feliz”, concluiu.
A prisão
A Polícia Federal cumpriu hoje mandados de prisão preventiva, expedidos pelo juiz eleitoral Luís Henrique Moreira Rêgo, contra a vereadora Tatiana Medeiros e o seu namorado Alandilson Cardoso Passos (que já está preso em Minas Gerais).
As prisões aconteceram dentro da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, com o objetivo de combater a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições municipais de 2024.
Também foram cumpridos oitos mandados de busca e apreensão em endereços ligados à parlamentar e outras pessoas próximas. O carro da mãe dela Odélia Medeiros foi apreendido, além de aparelhos eletrônicos e documentos no Instituto Vamos Juntos. O padrasto Stênio Ferreira e a secretária Emanuely Pinho foram afastados das funções públicas e a própria vereadora está proibida de ir à Câmara Municipal e ao seu Instituto, que teve as atividades suspensas.
A defesa da vereadora nega que ela tenha cometido crime eleitoral ou que tenha recebido recursos de facção criminosa. E aguarda acesso aos autos para elaborar a defesa.
Já a Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí (OAB-PI), afirmou que a Polícia Federal não cumpriu o que determina a Constituição Federal, já que a OAB não acompanhou o cumprimento dos mandados de prisão da vereadora e de busca e apreensão em sua residência, como deve ocorrer quando advogados são alvo dessas medidas e que por isso foi arbitrária e pode ser anulada.
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