Prefeitura de Teresina adotará ponto eletrônico para terceirizados após identificar irregularidades Por Breno Moreno
A Prefeitura de Teresina implantará o ponto eletrônico para todos os servidores terceirizados do município. O anúncio foi feito pelo prefeito Silvio Mendes (União Brasil) durante entrevista ao Jornal do Piauí nesta sexta-feira (11), ao explicar que a adoção da medida foi necessária após a identificação de trabalhadores que estavam recebendo salários sem trabalhar. O prefeito completou 100 dias de gestão e fez um balanço.
"A Prefeitura tem uma folha de pagamento, hoje, de servidor efetivo, de R$ 160 milhões, e de terceirizado, em torno de R$ 20 milhões. Agora, o terceirizado, por conta dos transtornos e indícios de fraudes que aconteceram, de pessoas que não trabalham e estavam recebendo, terá ponto eletrônico, terá que comprovar que realmente trabalha", declarou.
Conforme o prefeito, a tendência é que o ponto eletrônico não se aplique aos servidores efetivos devido a uma série de questões administrativas que tornam mais complexa essa exigência. “O servidor efetivo é diferente, porque tem os plantões. Tem mais de 100 tipos de matrículas diferentes na FMS [Fundação Municipal de Saúde], que é a folha mais complicada”, disse.
Desde o início do ano, Silvio Mendes tem revelado uma série de irregularidades relacionadas à antiga gestão municipal e adotado ações para reduzi-las. Ainda na transição, o prefeito anunciou uma reforma administrativa com a extinção de secretarias e de 301 cargos comissionados, o que resultou em uma economia de R$ 12 milhões aos cofres públicos neste ano.
100 dias de gestão
Ao completar 100 dias de gestão, Silvio Mendes admitiu que “não fizemos tudo que gostaria” e reafirmou que na equipe “todos são iguais”. Conforme o gestor, apesar das dificuldades orçamentárias e da crise enfrentada, o saldo das ações tomadas é positivo, principalmente em áreas prioritárias como saúde, educação e limpeza pública.
“Alguns desafios, alguns resolvidos, outros não, mas é a nossa missão atender a população nos seus direitos básicos. A população não pede muito e aqui acompanhado da Bíblia e de toda a sabedoria que ela me dá, a gente tem que se acalmar o espírito, tem que ter bom senso, equilíbrio e algumas coisas me angustiam muito. A quantidade de pessoas que nos procuram pedindo emprego, pedindo renda, então é uma coisa que me angustia muito”, afirmou.
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