Em meio ao sertão, onde a história neste momento nos remete a um passado de luta e resistência até chegarmos a consciência que hoje chegamos, que infelizmente ainda arde na memória, mas que também nos alegra saber que essa luta ilumina os caminhos da liberdade e da igualdade que foram propositadamente embaçados pelos senhores dos chicotes com o cruel objetivo de empurrar para trás os negros, mas não a força dos seus serviços, pois dela precisavam para empurrar para frente os brancos, para que bem lá na frente o chicote pudesse estalar cada vez mais alto na produção de sorriso, luxo e vida para uns e de dor, sangue e morte para outros.
Ah, quer dizer que você não sabia, mas porque, não leu ou não quis saber? Então, agora fique sabendo, meu caro, foi assim, exatamente desse jeito covarde que foi criada a desgraça fruto da desigualdade social no Brasil, mãe da megera chamada fome; suas raízes estão plantadas na escravidão, que deixou marcas e cictatizes profundas na estrutura social e econômica do país.
No entanto, há quem diga ainda que não entende a luta dos negros do Brasil por igualdade e oportunidades, talvez por ignorância ou espírito perverso mesmo, todavia para quem conhece a história tal qual ela é, não se omite, pelo contrário, se orgulha do sentimento de pertencimento cristão que tem, apoiando direta ou indiretamente o exemplo de resistência e determinação que move e faz cada vez mais a luta por direitos, respeito e correção se tornar todo dia ainda muito mais forte.
Quero aqui também dizer que apesar dos obstáculos por meio de políticas sujas e sutis, a caminhada não pode parar, tanto quanto os olhos abertos tem que continuar, na busca por justiça, igualdade e proteção.
Por isso digo que quem é verdadeiramente do bem, sabe também que é importante reconhecer e valorizar essa luta, bem como trabalhar juntos para criar um futuro mais justo e igualitário para todos sem cor, partido ou privilégios.
Dia 20 de novembro, dia de uma consciência tardiamente cobrada, é verdade, porém, de uma consciência lindamente vivida pelas consciências vivas que sobreviveram os chicotes dos sem conheciência branca ou de quaisquer cores, que aderiram ao macabro movimento ou dele tiraram proveito. Hoje, é dia como amanhã também será, dia de continuar na batalha contra o ódio, o racismo e o preconceito que fortaleciam o lado que batia e oprimiam o lado que apanhava e consequentemente sofria.
Portanto, escravidão sua feia, ditadura sua esquisita, nem uma e nem outra, nunca mais, seus escrotos.
Geraldo Silva
Simplesmente uma voz livre em favor do bem comum sempre!
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