Longe dos grandes centros urbanos, os festejos carnavalescos do interior também têm importância representativa na economia das cidades onde são realizados. No entanto, dificilmente os municípios sertanejos de pequeno porte realiza a festa deixando de gerar economia principalmente para as pessoas do ramo de bar e bebidas em geral gerando especulações tais como:
Se o carnaval é mesmo para a maioria a maior festa popular do Brasil, então porque nas cidades pequenas onde se concentra mais povão do que elite a festa conhecida como a mais popular do Brasil quase sempre não acontece?
Se é uma chance clara de melhoria da economia para quem vive do ramo de vender bebidas, porque não motivar economicamente esses profissionais realizando a festa?
É dito que onde há festa de carnaval milhares de visitantes são atraidos para além de participarem da folia comprarem nas cidades onde rola a festa, o que termina movimentando a economia local.
Portanto, essa não seria uma oportunidade de melhorar os péssimos números de certas economias de cidades pequenas, principalmente em municípios onde a movimentação financeira é uma das piores a exemplo de Afrânio PE, no sertão do São Francisco, que exceto os dois maiores empregadores que existem, sobrevive dos repasses do FPM e do dinheiro dos aposentados não?
Haja vista para o que está perante o olhar de todos, que são as feiras no pátio de eventos do município que praticamente deixou de ser local de festas para servir de garagem para carros particulares. Todavia, não queremos nessa matéria criticar os proprietários desses veículos que ocupam a maior parte do tempo o pátio de eventos, mas sim a disfuncionalidade do mesmo, inclusive em períodos festivos como o do carnaval que este ano oficialmente acontecerá nos dias 03 e 04 de março. Mas o nome não é pátio de eventos?
Sim, é pátio, só que quase sempre sem eventos, e olha que foi investido recentemente no mesmo, aproximadamente um milhão e meio de reais na construção de alpendres de eucalípto com cobertura para a acomodação de visistantes, cobertura essa que já está precisando de reparos porque mesmo com as pouquíssimas chuvas deste ano, com qualquer neblina os visitantes se debaixo estivessem se molhariam todos, diga-se de passagem. Mas enfim, além do local para se dançar agarradinho receber bandas e artistas só uma vez por ano na festa conhecida como Afraleite, pergunto. Para que foi feito esse grande investimento? _ Para os donos de boxes ficarem admirando a beleza da madeira do eucalípto ou a solidão do ambiente?
Esse lance de cachaça curtida é coisa das antigas, o enchendo e derramando de agora é o que interessa aos senhores e senhoras, digo, os poucos que trabalham de fato alí, porque a maioria dos boxes onde foi feito o investimento acima citado, fica o tempo todo mesmo é fechado, contribuindo para o vazio e a inércia de um ambiente onde na verdade o forte deveria ser festa e alegria para os visitantes, bem como, vendas e lucros para quem trabalha.
Não estamos criticando destrutivamente a atual administração municipal, que ainda está apenas em seu começo, entretanto não custa nada incentivá-la a fazer o que é bom para todos, e em especial para quem deixa as suas casas e os seus afazeres para se doarem ao funcionamento do pátio que sonhamos um dia vê-lo sendo de fato um verdadeiro pátio de eventos, para alegria dos que o visita e felicidade dos que nele trabalham para tirar o sustento de suas famílias.
Reportagem
Geraldo Silva
Comentários
Postar um comentário