A Polícia Federal do Rio de Janeiro descobriu que um dos suspeitos de envolvimento no suposto esquema de fraudes milionárias contra o Banco do Brasil ofereceu R$ 500 mil para que uma gerente integrasse o grupo criminoso ou vendesse a senha de acesso aos sistemas da financeira.
Segundo as investigações, em uma troca de mensagens, o suspeito ofereceu a quantia em troca da participação da gerente no esquema. "Qual é a sua função? Gostaria de uma ajuda?", questionou ele. Sem saber de quem se tratava, a gerente perguntou quem era e como a pessoa havia conseguido o telefone dela.
O golpista, por sua vez, lhe fez uma proposta. "Pago R$ 200 mil na sua senha, tenho uma forma de trabalhar que não te prejudica em nada", disse. Ainda cofnorme as investigações, o pagamento seria feito em duas parcelas: R$ 100 mil antes e R$ 100 mil depois da realização do serviço.
Após negar a oferta, o suspeito aumentou a proposta financeira. "A gente alinhando conseguiria pôr uns R$ 500 mil no seu bolso", disse.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro e a PF, o grupo criminoso teria acessado sistemas do Banco do Brasil para obter dados dos clientes e desviar quantias. O prejuízo pode chegar a R$ 40 milhões.
Na quinta-feira (21), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados nas zonas norte e oeste do Rio, Niterói e São Gonçalo. Entre eles, estão funcionários e terceirizados do Banco do Brasil.
Eles utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos dos clientes. Os ataques aconteceram desde dezembro de 2023, em agências localizadas no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro, na cidade do Rio de Janeiro, e também em unidades de Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
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