Pelo grande número de comentários e curtidas, nota-se forte engajamento e a ampla popularidade do apresentador. “O Tralli é o tipo de cara com quem eu queria tomar uma cerveja numa sexta-feira às 18h”, escreveu um jovem conectado.
Após a chegada do novo titular, a página do telejornal no Facebook registrou aumento de ‘likes’ nas fotos que mostram os apresentadores no estúdio. Uma delas teve 15 mil manifestações (entre ‘joinha’ e ‘coração’) e 1,2 mil comentários.
Nas últimas semanas de William Bonner no ‘JN’, os registros dos âncoras geraram empolgação bem menor, no máximo 3 mil curtidas.
César Tralli tem 5,2 milhões de seguidores no Instagram. Desde o início de novembro, quando passou a dividir a bancada com Renata Vasconcellos, ele posta curiosidades dos bastidores do ‘Jornal Nacional’.
Para a Globo, essa participação online do público é cada vez mais importante, já que milhares de brasileiros trocaram a TV pelas redes sociais — e é urgente tentar reconquistá-los — e tantos outros assistem à programação enquanto navegam na internet.
Ter presença multiplataforma se tornou imprescindível a qualquer emissora. Por isso, um âncora influenciador como Tralli faz a diferença, com possibilidade real de transformar seguidores em novos telespectadores.
Nesse contexto, a aposta da Globo em um apresentador com forte capital digital para o ‘Jornal Nacional’ se mostra estratégica: ele faz a ponte entre o telejornalismo tradicional e o consumo de conteúdo pela internet.
Mas do que nunca, conteúdo de qualidade e versatilidade que é a capacidade de se adaptar rapidamente a novas situações e demandas, vem se tornando um conjunto imprescindível para uma audiência consolidada no Rádio e na TV.
Ninguém suporta mais um ritual repetitivo no lugar da retórica envolvente como arte de falar bem e argumentar de forma persuasiva para o público, a vida que a comunicação de hoje precisa ter para naturalmente manter uma quantidade de aparelhos ligados espontâneamente.
Assim como o envolvimento forçado de dois corpos não condiz com uma relação saudável por amor, uma comunicação forçada não gera uma audiência espontânea de valor.

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