O conselho de administração da Petrobras aprovou, na noite de quinta-feira (7), a inclusão da distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, no plano estratégico da empresa.
O comunicado que afirmou posicionamento estratégico de “atuar na distribuição de GLP”, no entanto, não adiantou mais detalhes sobre como seria feita a volta ao mercado de distribuição - com venda direta de botijão para consumidores residenciais, por exemplo.
A empresa afirma que terá como diretriz na área de distribuição de gás "integrar com demais negócios no Brasil e no mundo". Além disso, destacou que irá oferecer "soluções de baixo carbono" para seus clientes.
Privatização
A Petrobras deixou de distribuir gás com a privatização da Liquigás, que foi comprada por um consórcio liderado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás Butano em 2020, e com a venda da BR Distribuidora em 2021, atual Vibra Energia. A empresa distribuía gás de cozinha, com a Liquigás, e combustíveis líquidos, com a BR Distribuidora.
A retomada da distribuição de gás ocorre em um contexto em que o governo, acionista majoritário e controlador da estatal, vem demonstrando preocupação com o valor do botijão de gás. No fim de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou insatisfação com o preço do botijão.
"A Petrobras manda o gás de cozinha a R$ 37. Quando é que chega aqui? R$ 110, R$ 120, tem estado que é R$ 140. E eu posso dizer para vocês que está errado. Vocês não podem pagar R$ 140 por uma coisa que custa R$ 37 da Petrobras. Está certo que tem o custo do transporte, mas não precisa pagar tanto", reclamou o presidente na época.
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