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Radialista GSilva |
O escritor filósofo, sociólogo, economista e historiador Karl Marx foi irônico quando Carlos Luís Napoleão Bonaparte, eleito presidente da França em 1848, resolveu impor uma ditadura três anos depois. Marx indica que o golpe dado por Napoleão III era apenas uma cópia daquele que fora dado antes por seu célebre tio e assim se expressou. A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Pois bem, toda história é pretérita e como tal, no meu ponto de vista, não deve ser repetida sem as reformulações devidas e necessárias compatíveis com o passar do tempo e suas respectivas evoluções. As boas não devem ser repetidas porque após muitas décadas se passarem o que em um determinado período pode ter sido muito bom, em outro período futuro poderá ser muito ruim ou nem mais prestar, e as ruins e desastrosas como a ditadura, pelo menos para quem não curte a estranheza dos estranhos atos heróicos dos falsos salvadores dos próprios egos, só devem ser lembradas para não ser repetidas.
Infelizmente O Brasil recentemente flertou forte com a mitomania e quase ignorou o alerta de Marx, e pior, em nome da democracia, ou seja, pelo voto livre quase que o pretérito angustiante da amordaça, da privação do direito de ir e vir e da liberdade de escolha foi repetido em sua segunda versão como farsa já que na primeira tinha sido uma tragédia.
Pois bem, o que me entristece não é saber que inocentes crianças e adolescentes que não tem sequer noção do que foi por exemplo o tenebroso ato institucional de número 5, dispositivo pelo qual os militares tiveram carta branca para perseguir todos os opositores do regime ampliando a repressão e a tortura de indivíduos contrários as atrocidades do mesmo, o que me fez aqui lembrar de uma proposta recente denominada de excluente de ilicitude, que graças a Deus e a maioria do povo brasileiro não virou realidade, porém o que me entristece mesmo foi ter visto comunicadores, professores e até cristãos apoiando e até se matando por um regime cuja esperança seria a morte.
Precisamos propagar mais e de maneira intelectual informações cultas e esclarecedoras que como arma sem fogo e não letais produzem conhecimento e vida.
Até porque em uma rede perigosa, tendenciosa e inculta, livro é luxo, arma é essencial e os frutos da ignorância é lucro. Daí me veio também a memória o pensamento do Freud que em apertada síntese afirmara que quanto mais fraco, inculto e solitário for o sujeito, maior será seu desejo de participar de movimentos autoritários que prometem redimi-lo de sua insignificância, pequenez e frustrações.
Portanto me opondo a essas covardes ideias macabras por natureza e sombrias em suas origens em nada essenciais as liberdades democráticas, acrescento para conhecimento geral o que são mitos.
Mitos são representações fantasiosas e alegóricas utilizadas pelos homens para dar algum sentido aos fenômenos da natureza. Na Ciência Política, o conceito de mito é utilizado para se referir a promessas falsas. Vale lembrar, ainda, o significado de mitomania, que se traduz como hábito patológico de mentir ou pessoa que mente compulsivamente. Diante do quadro desenhado, parece-me possível concluir que mito ou a mitologia flertam com a mentira e a fantasia a todo tempo ou pelo menos com a criação de supostas verdades. Aliás, nunca é tarde para lembrar João 8:32: “conhecereis a verdade, e a verdade os libertará”.
Mitos ocupam espaços importantes e determinantes em sociedades carentes de direitos que viabilizam a liberdade real, notadamente os direitos sociais à educação e à alimentação. Esse grau de vulnerabilidade expõe as pessoas às falsas promessas e supostas representações divinas/mitológicas na vida social, ou seja, verdadeiros messias.
Texto do radialista afraniense Geraldo Silva após inúmeras pesquisas.
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