Estudo aponta que cerca de 50% da população já teve que reduzir compra de comida para pagar dívida
A alta inflação e um mercado de trabalho caracterizado pela precarização e informalidade fez com que o crédito financeiro fosse cada vez mais solicitado como um complemento à renda da população. Comprar comida e pagar as contas estão entre as principais razões para que as pessoas de menor poder aquisitivo busquem as soluções de empréstimos no país.
Segundo estudo realizado pelo instituto de pesquisas Plano CDE, entre 45% e 50% da população das classes C, D e E, tomou ou tomaria empréstimo para comprar comida e pagar as contas do mês. Da parcela que representa apenas as classes D e E, 50% dos já teve que reduzir a compra de comida para pagar uma dívida.
O levantamento aponta ainda que cerca de 50% das famílias tomaram algum tipo de empréstimo no último ano, sendo familiares e amigos a principal fonte para a busca dos recursos entre os mais pobres, além de bancos tradicionais e digitais.
A pesquisa de abrangência nacional que ouviu 2.370 pessoas maiores de 18 anos de todas as classes sociais, entre 26 de julho e 9 de agosto de 2022, também indica que pagamento de outras dívidas e investir no próprio negócio também aparecem como os principais motivos que justificam a tomada de empréstimos.
Na divisão por faixa de renda, foram consideradas para definir as classes D e E domicílios com renda familiar de até R$ 2.000. Na C2, o intervalo vai de R$ 2.000 até R$ 3.000 e de R$ 3.000 até R$ 6.000 na C1. As classes A e B são formadas por lares com renda familiar acima de R$ 6.000.
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