Em Tacaimbó, no Agreste do Estado, não se fala em outra coisa depois que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) aprovou, por maioria, a realização de eleições suplementares proporcionais para a escolha de vereadores no município. Cinco dos nove representantes eleitos daquela Câmara Municipal tiveram seus mandatos cassados por fraude à cota de gênero nas eleições de 2020.
É a primeira vez que uma eleição suplementar proporcional acontecerá no Estado.
O desembargador eleitoral Adalberto de Oliveira Melo, relator do caso, considerou as candidaturas de uma representante do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e duas do Partido dos Trabalhadores (PT) como fictícias em decorrência da ausência de atos de campanha e ausência de votos, entre outros elementos. Ficou comprovado que uma das candidatas pediu, inclusive, voto para candidato concorrente ao mesmo cargo postulado.
Com a constatação de fraude, houve cassação dos registros e o TRE-PE considerou nulos todos os votos atribuídos aos candidatos eleitos dos dois partidos, provocando perda de mandato de dois vereadores eleitos pelo PSB (Edvaldo José de Macedo e Fagno José de França) e três pelo PT (Mardones dos Santos Quaresma, Givanildo João da Silva e Nadilson Nunes da Silva).
Como a anulação atingiu mais da metade da votação proporcional, foi decidida, por quatro votos a três, prevalecendo o entendimento da desembargadora eleitoral Mariana Vargas, a realização de novas eleições proporcionais para a Câmara de Tacaimbó. Até lá, o órgão deverá permanecer funcionando com a atual composição. A medida é passível de recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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