Mais de uma semana após o fim do Carnaval de Salvador (BA), um caso de agressão veio à tona. O policial civil Adson Gomes Miranda acusa policiais militares, do Batalhão de Choque, de agressão, na terça-feira da folia, no circuito Dodô (Barra/Ondina), enquanto curtia a festa com uma amiga na pipoca.
Em um vídeo, que circula nas redes sociais, é possível ver o momento exato da agressão. O caso aconteceu nas proximidades do Cristo da Barra, durante a passagem do trio de Léo Santana. As imagens não mostram nenhum princípio de confusão até que os PMs entram em ação contra algumas pessoas, sendo uma delas, o investigador, que chega a receber um chute no rosto de um dos militares.
Em informações divulgadas pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Adson relata como tudo aconteceu. “Eu estava na região do Cristo, na Barra, busquei o local, pois, existem diversas câmeras de segurança, de fato lá, havia uma certa proteção. Quando uma colega me pediu para fazer uma filmagem dela, a mesma queria colocar nas redes sociais. De repente, percebi um PM me olhar de forma diferente. Após isso fui agredido por um policial, caí e na sequência me vi sendo agredido por cinco colegas PMs”.
O agente detalha que os militares continuaram a agressão mesmo sabendo que ele seria um policial, ainda assim, recebeu um chute no rosto, o que provocou ferimentos graves. “A todo instante as pessoas gritavam tentando me socorrer e dizendo que eu era policial, mas não adiantava”.
Para Adson, a agressão trata-se de um caso de racismo dos policiais. “Com certeza foi um caso de racismo, pela minha cor e o estilo do meu cabelo. Nós negros também temos os nossos direitos, por isso, que não podemos aceitar situações como essas”, avalia.
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