Diziam os antigos que “pretensão e água benta, cada um usa quanto quer”.
Pois se pretensão fosse água benta, Michel Temer, a esta hora, estaria bentamente afogado.
Guilherme Amado, no Metrópoles, conta que ele, certamente com o rosto lustrado de óleo de peroba, foi oferecer-se, num jantar de empresários, semana passada, para “ser convocado” para uma candidatura presidencial, na qual, disseram seus acompanhantes, partiria já de 15% do eleitorado.
Ontem, na convenção do MDB de Brasília, o “convocável” recebeu uma vaia de parte dos filiados a seu partido em Brasília e, dos que não vaiaram, ganhou a deferência de um silêncio sepulcral.
Silêncio que foi sua reação ao “fora” que levou de Dilma Rousseff, que lhe dispensou os elogios à sua honestidade.
Mas a cara de pau de Temer é insuperável. Voltou à imprensa, hoje, para reclamar de Lula que, ao desmistificar a reivindicada paternidade de Jair Bolsonaro à transposição do Rio São Francisco, chamou o de “o outro, o do golpe “.
E disse que seu governo foi era, sim, o “golpe de sorte” para o país.
Temer é um fenômeno vampiresco, mesmo. Não consegue se ver ao espelho.
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