O clientelismo político das cidades pequenas brasileiras atrofia o senso crítico de seus cidadãos e impede o desenvolvimento da cidadania
Quando os eleitores, especialmente os de cidades pequenas, chegarem a um nível razoável de senso crítico, se é que isso um dia vai acontecer, sem apaixonite aguda interesseira individual, todos vão passar a entender que o voto é a única arma que o cidadão tem para sancionar positiva ou negativamente o desempenho dos governos, particularmente, a capacidade dos mesmos para gerenciarem adequadamente as graves situações que assolam o povo em geral.
Infelizmente a grande novidade que temos para o momento em matéria de comportamento eleitoral, principalmente nos municípios pequenos, é um museu de aparência inovada, ou seja, um grupo de eleitores aliciados por uma determinada gestão, aceitando serem corrompidos pelo favoritismo corrupto de seus patrões que os silenciam visando incondicionalmente seus apoios para ajudá-los a silencenciarem a grande massa, que as vezes até tenta ensaiar um fino grito de liberdadede, mas que quase sempre não conseguem lograr êxito exatamente por causa dos babões que por se sentirem privilegiados pela tradicional politica das velhas raposas repaginada artificialmente de política moderna, se sentem amparados pelas benesses do poder que de certa forma se sentem obrigados a subsidiarem seus poderosos de estimação, dando-lhes apoio para oprimir, dependendo da situação, até mesmo os da própria família na ganância egocêntrica por privilégio.
Tal politicagem corrompe os bons costumes, eleva a ignorância e exclui a maioria de fato necessitada que só é exergada nos 3 meses antes das eleições, mas que infelizmente não exergam que esse modelo hipócrita e malvado de fazer política apenas os usam, mesmo estando óbvio que para eles nada muda, não sobra nada, e muda, mas para os patrões e seus poucos escolhidos para ajudá-los na tarefa de continuar enganando-os a esperar por mais 04 anos para renovar a fitcícia esperança por uma oportunidade que nunca chega, enquanto somente patrões e escolhidos renovam seus patrimônios durante os 04 anos da gestão, muitos deles saindo de donos de cercados para megas fazendeiros, bem como, da posição de simples funcionários para o patamar de grandes empresários.
Enfim, se os olhos críticos da inteligência social nunca forem abertos, continuaremos sendo usados e vítimas da malversação dos fundos públicos, dos escândalos abafados sob a manto da colegagem que camufla os podres dentro dos governos, que gera o clientelismo que impede a participação direta dos cidadãos na administração. No clientelismo, a relação de troca pode ser entre político e político ou político e cidadão. No caso do apoio entre políticos há oferta de cargos públicos para amigos e parentes entre as partes envolvidas. Quando se trata da relação político-cidadão, as propostas são diversas: de vaga em hospitais, a cestas básicas.
Qual o problema disso?
As consequências das práticas de clientela na política são inúmeras e estão presentes em todo o sistema e nas decisões dos governantes. É até difícil dizer quais ações não possuem um interesse do cliente por trás. Todavia, vamos elencar duas que são as principais e fazer uma breve comparação entre clientelismo e políticas públicas voltadas para um grupo específico.
Em primeiro lugar, quando um político tem um acordo com seus eleitores – e vale ressaltar que são pessoas compradas com promessas específicas – ele precisará arcar com seus termos. Como não se trata de eleitores que tenham alguma identificação com a causa, mas viram uma solução para seu problema específico, todo o sistema democrático entra em cheque. Teremos um agente político que está trabalhando em favor de alguns poucos e não para a coletividade. Está configurada então uma política antidemocrática.
Em segundo lugar, essas práticas voltadas para grupos específicos levam em consideração os interesses daquelas pessoas deixando de lado outras que não serão assistidas pelos mesmos benefícios, acentuando a desigualdade social, fomentando a miséria e oprimindo os cidadãos. Por exemplo, uma pessoa que prometeu votos em troca de uma cirurgia, será beneficiada pelo procedimento, mas dezenas de outras que também precisam do mesmo tratamento não serão contempladas por não se tratar de uma política pública, mas de um tratamento específico para uma pessoa. Assim são acentuados ainda mais os índices de desigualdade no país.
Mas enfim, quantos em uma cidade pequena tem consicência de que o voto é a única arma que o cidadão tem para sancionar positiva ou negativamente o desempenho dos governos, particularmente, a capacidade dos mesmos para gerenciarem adequadamente as graves situações que assolam o povo em geral?
Geraldo Silva/Radialista
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