A Festa do Divino em Cachoeira do Roberto em Afrânio Pernambuco permanece tão viva quanto a sua tradição
Tradicional por natureza, Cachoeira do Roberto é um povoado e distrito do Município de Afrânio (PE), cujas origens datam do ano de 1806, quando ali se estabeleceu com sua família e seus rebanhos o fazendeiro piauiense e capitão de ordenanças Roberto Ramos da Silva.
Segundo a narrativa dessa história, o terreno foi adiquirido por compra no valor de cinco contos de réis a Estêvão Rodrigues Coelho.
A história narra ainda que a escassez de água e de pastagens era grande e que por isso ele rogou em promessa a Nossa Senhora das Dores, julgando-se atendido. Então, em 1817 construiu em frente à sua residência uma capela sob a invocação de Nossa Senhora das Dores, santa de sua devoção, como também foi iniciada à tradicional festa do Divino Espírito Santo.
Pois bem, isso é o que encontramos em uma pesquisa feita sobre a orígem de Cachoeira do Roberto - Afrânio, onde há muito tempo todo ano do mês de maio para junho acontece a famosa Festa do Divino.
O curioso é que com tanto tempo de existência o povoado bicentenário mantém até os dias de hoje sua tradição sem perder sua originalidade e essência. preservando a tradicional procissão até a igreja da Cachoeirinha e tendo como dia principal, não o famoso sábado a noite, mas sim, o domingo durante o dia, seja debaixo de chuva ou sol, lá estão os devotos do Divino pagando suas promessas, bem como, compartilhando abraços e prosas.
Lotada com fiéis, políticos e povão, em especial dos tres vzinhos estados nordestinos, Pernambuco, Piauí e Bahia, juntamente com visistantes de várias regiões do país, a tão antiga Cachoeira ainda hoje bastante seca sem água, se enche de pessoas que vem de todas as partes do Brasil para celebrar seu antigo e respeitado festejo, que ao longo dos anos tem resistido o assédio da era e geração nutella mantendo seu formato original e preservando suas raízes.
Infelizmente, episódios como roubo de motos como aconteceu este ano na noite de sábado para domingo, tentam macular a magia da festa, mas sem sucesso, pois sabemos que enquanto 2, 10 ou até alguns mais pensam assim, milhares e milhares pensam em respeitar a cultura, a fé e a tradição.
Sendo assim, podemos afirmar que a festa de Cachoeira do Roberto continua uma festa popular e aberta para todos como sempre foi, genuinamente uma festa do povo para o povo, sem acepção de pessoas, diferente de certos festejos que hoje acontecem por ai afora, que antes também já foram populares, mas que por conta, talvez do exibicionismo demasiado do dito homem moderno, o espaço onde antes rolavam imensuráveis e doces alegrias, hoje se parece mais com um espaço robótico, sem vida, sem liberdade e sem animação.
Viva a tradição, viva a preservação dos bons costumes!
Reportagem de Geraldo Silva
Blog GSilva Independent
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