Festas e farras não devem ser usadas como panos de teatro para camuflar as reais necessidades do povo. A população precisa acordar para as suas reais carências e obrigações do poder público
A saúde pública em Petrolina pede socorro e as cobranças a classe política inteira se acentuaram nos últimos dias. Depois das cobranças dos cidadãos pela cidade não ter um atendimento adequado na área de cardiologia onde pacientes da principal cidade do Sertão, infartados, têm que viajar ate 500 km em busca de socorro, agora o Hospital Dom Malan (HDM), referência no atendimento infantil, vinculado à rede estadual de saúde, registrou aumento de 329% no número de atendimento a pacientes com Síndromes Respiratórias Agudas Graves entre os meses de fevereiro a maio deste ano. Um número absurdamente alto e assustador.
Maio foi o mês de pico nos atendimentos até agora. Foram 1.541 atendimentos no PSI somente a pacientes com sintomas de doenças respiratórias, do total de 2.793 atendimentos realizados no período, chegando a uma taxa de ocupação de leitos de 220%. Ou seja: 120% que o hospital suporta.
Até o momento político nenhum, de qualquer esfera, se manifestou em defesa da comunidade apesar do grito ter se intensificado nos últimos dias na mídia inteira do município.
Talvez o milho, a canjica e as caríssimas atrações dos festejos juninos sejam uma prioridade maior do que o pobre povo que padece nas filas ou perde suas vidas na estrada antes de chegar a um atendimento possível.
O Ministério Público também deve está atento aos preços exorbitantes dos cachês para os "artistas", quase sempre incompatíveis com a realidade cultural e econômica dos municípios.
Tais práticas fomentam a desigualdade social que fica escondida atrás das horinhas de alegrias passageiras, em desacordo com o cumprimento do dever da gestão, bem como com o devido atendimento da população nas horas de maior precisão.
Adaptado da coluna da folha C.B
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