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Radialista de Afrânio no sertão do São Francisco expressa sua preocupação com a seca em 2025


A terra está muito fraca para receber as pancadas que estamos dando’, alerta cientista. 

Chuvas volumosas e repentinas em curto espaço de tempo e períodos prolongados de seca, são também resultados da ação humana no planeta. 

Um relatório publicado recentemente na revista BioScience, da Universidade de Oxford, compilou dados climáticos observados ao longo de 2023 e apontou que o planeta está entrando em um “território desconhecido” com a intensificação das mudanças climáticas. 

O estudo mostra que 20 dos 35 sinais vitais do planeta usados para monitorar o clima estão em níveis recordes, como emissões globais de gás carbônico (CO2), acidez dos oceanos, concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e redução da cobertura de gelo nos polos.

Em um documento publicado, a agência da ONU aponta que o agravamento da mudança climática trouxe mais secas, inundações e ondas de calor em diversos lugares do mundo. As consequências são ameaçadoras para vida e para os meios de subsistência.

O atual período de seca é o mais intenso da história do Brasil, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), e os impactos vão além da questão climática ou efeitos na saúde da população.

As previsões para 2025 indicam a continuidade de períodos de seca intercalados com chuvas intensas, 

Em Pernambuco por exemplo o cenário é preocupante.

A crise hídrica que está afetando o estado preocupa por suas proporções. De acordo com levantamento da Agência de Águas e Climas de Pernambuco (Apac), 18 reservatórios do Estado estão em colapso. 

Todos os reservatórios registraram menos de 10% de suas capacidades de acúmulo de precipitação. Confira: 

Caicara, em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão  - 0% - 0 m³ acumulados 

Serrinha/Serraria, em Brejinho - 0,11% - 1.319 m³ acumulados 

Pau Branco, em Afrânio, no Sertão - 0,93% - 30.734 m³ acumulados 

Em Parnamirim, no Sertão - 0,98% - 36.657 m³ acumulados  

Eng. Camacho, em Ouricuri, no Sertão - 2,45% - 678.929 m³ acumulados 

Chapéu, em Parnamirim, no Sertão - 2,57% - 3.702.206 m³ acumulados  

Jucazinho, em Surubim, no Agreste - 5,79% - 11.850.525 m³ acumulados 

Boa Vista, em Itapetim, no Sertão - 6,32% - 103.182 m³ acumulados 

Em Araripina, no Sertão - 7,26% - 268.642 m³ acumulados 

Arrodeio, em São José do Belmonte, no Sertão - 7,59% - 1.102.275 m³ acumulados 

Quebra Unha, em Floresta, no Sertão - 7,86% - 212.930 m³ acumulados 

Machado, no Brejo da Madre de Deus, no Sertão - 9,36% - 149.515 m³ acumulados 

Utinga, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife - 9,53% - 896.643 m³ acumulados

Entremontes, em Parnamirim, no Sertão - 2,81% - 8.525.040 m³ acumulados  

Abóboras, em Parnamirim, no Sertão - 3,87% - 555.000 m³ acumulados 

Goitá, em Paudalho, Zona da Mata - 4,62% - 2.424.700 m³ acumulados 

Poco Grande, em Serrita, no Sertão - 4,7% - 61.711 m³ acumulados 

Boa vista, em Salgueiro, no Sertão- 4,85% - 797.907 m³ acumulados 

A fonte dessas informações é a Agência de Água e Clima de Pernambuco (Apac) e dimensiona a gravidade da crise hídrica em PE. Vale salientar que esse levantamento foi publicado há um mês, o que significa dizer que a cada dia que se passa e não chove a tendência desse cenário é piorar.

A seca que afeta o Brasil já dura 20 meses. Iniciada em junho de 2023, a estiagem não deu trégua e continua impactando centenas de cidades no país. Esse cenário se reflete em rios secos, comunidades isoladas e perdas bilionárias para a economia.

Com o cenário previsto para 2025, especialmente no primeiro trimestre, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, a estiagem deve persistir. Segundo Luis Marcelo Zeri, pesquisador que monitora a seca no país e fornece dados ao governo federal, ainda não há previsão de quando ela deve terminar.

Segundo o pesquisador "A projeção é que a seca persista, principalmente, na região central do Brasil. "Não estamos vendo chuvas acima da média por meses para poder nos recuperarmos. O déficit que o país tinha era muito alto"

Como em qualquer lugar do Brasil essa preocupação também é nossa, porque com a economia caindo das pernas, a previsão de safra de grãos nada animadora, a crise de abastecimento na sede e seus princpais reservatórios literalmentes secos na zona rural, tipo com a terra rachando, Afrânio no sertão do São Francisco conhecida como a terra do doce, assim como em inúmeros outros municípios sertanejos, poderá amargar dias difíceis daqui para frente com a alta nos preços dos alimentos, falta de postos de trabalho e a escassez do liquido precioso, de modo que caso o Pai de misericórida não responda nossos pedidos feitos em orações teremos aflições num futuro não tão distante. 

Fechamos essa reportagem mais uma vez aconselhando nossos admnistradores a deixarem um pouco de lado suas atuações pop star nas redes sociais e intensificarem as lutas em prol dos recursos hídricos necessários para o nosso sertão de  mulheres fortes e homens trabalhadores, onde ultimamente o forte que se ver é um cenário desolador e preocupante, prinpalmente quando olhamos para frente e lembramos que um futuro melhor e menos sofredor é o que no momento interessa a todos nós, bem como, revitalizaria a nossa fé e esperança, afinal como disse Euclides, somos antes de tudo um povo forte.


Reportagem: Geraldo Silva
 

 

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